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16 de outubro de 2015
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O diferencial do Perito Avaliador

Por: Equipe Redimob São eles que avaliam a situação física e mercadológica do imóvel, informações que podem ser utilizadas para uma decisão judicial. A atividade de perito avaliador de imóveis é mais um nicho de mercado que está sendo explorado pelos corretores de imóveis, seja para agregar renda ou para se dedicar à carreira. Atualmente, só o Conselho Nacional dos Peritos Judiciais (Conpej) conta com 1500 peritos avaliadores cadastrados no país. Além da sede no Rio de Janeiro, o Conpej possui duas delegacias, sendo uma em São Paulo (SP) e outra em Manaus, no Amazonas. Oportunidades O leque de oportunidades na área de peritos avaliadores é extenso, segundo o professor em perícia e avaliação de imóveis pelo Conpej, Benito Bueno. “Sem sombra de dúvida, 80% das avaliações periciais são mercadológicas, em que o método comparativo de dados de mercado são os mais usuais”, afirma. A área em que os peritos mais atuam, segundo Bueno, são: ação revisional de aluguéis; reavaliações de ativo; inventários; partilha de bens; incorporação e fusão de empresas; dissolução de sociedade; desapropriações; reivindicatório; hipotecas, usucapião, entre outros. “A área de operações de compra, venda e locação de imóveis residenciais, comerciais e industriais são as que menos contam com a participação dos peritos avaliadores”, ressalta. Mercado de trabalho Com o crescimento da demanda, o número de profissionais capacitados ficou escasso, na visão do corretor de imóveis e perito avaliador, Rômulo Teotônio, que atua há dois anos na área. “É importante fazer a avaliação baseada nas normas da ABNT. Além disso, os detalhes são importantes, por isso é fundamental visitar o imóvel em diferentes turnos”, orienta Teotônio. Para a perita avaliadora Maria Aparecida Feder, sempre há oportunidades desde que o laudo seja feito com responsabilidade e competência. “No campo judicial não recebi muitas solicitações, mas no campo extrajudicial sim. Fiz vários laudos e felizmente não tive nenhum recusado”, comenta. O caminho dos iniciantes O início da carreira é desafiador. Fábio Alexandre Fonseca Rosado concluiu seu curso de perito avaliador no mês de maio por se identificar com a área e também pela possibilidade de obter uma renda extra. Atuando na região de Pelotas, no Rio Grande do Sul, Rosado afirma que as avaliações ainda caminham num ritmo lento. “As avaliações extrajudiciais não são tão requisitadas em minha região, por isso a dificuldade”, comenta. Para Rosado, é essencial ter um canal de acesso ao judiciário. “Apesar de ter usado meus aprendizados nos cursos, busquei ainda informações externas ao meio acadêmico, para criar um parecer técnico de avaliação mercadológica com características únicas e particulares. Mas precisamos de um canal direto para troca de informações”, completa. O grande desafio do perito iniciante é ter seu laudo aprovado pelos juízes, segundo Maria Aparecida. “A dica é sempre oferecer o primeiro laudo gratuitamente, pois assim terá oportunidade de apresentar seu trabalho”, finaliza.